Nunca me disseste nada ao ouvido que me fizesse subir a adrenalina para uma nova aventura contigo.
Nunca te preocupaste bastante em ver-me mais vezes que o necessário.
Nunca fizeste comigo o que fazias de melhor com as pessoas que, mais insignificância mostravam perante ti.
Nunca completaste frases que eu queria que concluísses. Frases que eu dizia, frases que mudavam momentos perplexos no tempo.
Nunca te apresentaste na peça como personagem principal.
Nunca tomaste iniciativas próprias.
Nunca foste pessoa directa de palavras e gestos.
Sempre pensaste em mim, no tempo em que muita gente não o fazia.
Sempre te sentaste comigo ao lado, contando-me histórias que me mudavam atitudes.
Sempre me confessaste coisas que o resto do mundo desconhecia.
Sempre, em noites de verão, dizias "saudades" quando um dia passava. E eu tão bem decifrava o teu desconforto por seres sincero com o teu próprio sentimento.
Sempre em tempos, tiveste a tua forma de me acarinhar. Meio contra a minha vontade, não com o corpo mas com a sede que tinhas de ser meigo comigo com a melodia das tuas promessas, que tão bem soavam aos meus ouvidos.
Sempre eu tinha a cisma em criar floreados à volta dos teus actos ou verbos, que depois se tornava em algo irreal.
Sempre me achei imoderadamente pequena a teu lado.
Sempre pensei em ñ dizer o teu nome em poemas que aqui escrevia, com medo de te tornar demasiado público.